De tão velho, a morte lhe chegou mansa, quase imperceptível, como uma brisa leve de um dia quente, que refresca por alguns segundos a face e vai embora. Sentado em seu banquinho de três pernas, na frente da pequena casa, deixou de estar vivo, e passou para o estado de lembrança.
Sua vida foi serena. Depois de um dia, vinha outro, nunca esperou mais que isso, e por isso mesmo, estava sempre leve. Uma leveza que transcendia seu corpo, sua pele, e chegava a todos que o conheciam.
Não é preciso desejar que um homem desses descanse em paz, sua paz não está no descanso, mas na vida, e na memória dos que ficaram. Dessa forma, sereno, permanece. E sempre que lembrado, existe.
Um comentário:
Sensível olhar e sensível ser, esse Caio Marinho! O R G U L H O!!!!!!
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